Webinar “Metodologias Ativas de Aprendizagem” discute ensino participativo e mudanças na educação jurídica
Na sexta-feira, dia 31 de janeiro, foi realizado o Webinar “Metodologias ativas de aprendizagem: como implementar no ensino jurídico”. O seminário online foi mediado pela doutora em educação e escritora Andrea Ramal e contou com a participação de Marina Feferbaum, doutora em Direito e coordenadora da área de Metodologia de Ensino e do Centro de Pesquisa e Ensino em Inovação, na FGV Direito SP, e de Guilherme Klafke, doutor em Direito Constitucional, pesquisador e líder de projeto na área de Metodologia de Ensino de Direito desde 2013.
No encontro, os palestrantes compartilharam suas experiências na formação de professores e discutiram as novas metodologias para o ensino jurídico. Andrea Ramal iniciou o evento destacando a importância dos novos métodos de ensino e aprendizagem, com foco na experiência dos alunos. Segundo a educadora, “vivemos hoje uma revolução na sociedade do conhecimento — nesse momento em que o ensino tradicional passa por transformações, de que forma é possível aprender mais e melhor?”
AS TRANSFORMAÇÕES DO ENSINO JURÍDICO
Segundo Marina Feferbaum, existem mais de 1.500 cursos de Direito oferecidos pelo Brasil. Nesse contexto, é essencial repensar que tipo de aluno as universidades devem formar. “Para o professor, pode ser um momento angustiante. Como adotar o ensino participativo e implementar no dia a dia dos estudantes?”, comentou. Para ajudar docentes nessa jornada, Marina deu várias dicas durante o Webinar, as quais podem ser implementadas em sala de aula.
Para Guilherme Klafke, uma das maiores dúvidas dos professores é saber quais as principais diferenças entre o ensino tradicional e o ensino participativo. Quando e como implementar essa nova metodologia? “O tópico mais importante para entender o ensino participativo seria compreender o paradigma de pensamento voltado para conteúdo, para informação, em que o professor é o detentor do saber. No ensino participativo, o paradigma de conteúdo muda – todo aluno tem uma bagagem de vida e conceitos prévios. Tais conceitos são refinados, aprimorados, seja a partir do confronto com ideias, pessoas ou experiências. Logo, o histórico é importante: o aluno chega com um processo de aprendizagem que importa”, explica o professor.
Marina Feferbaum, Andrea Ramal e Guilherme Klafke nos bastidores do webinar
Os palestrantes realçaram, principalmente, a importância da participação do aluno no processo de aprendizagem. “O ensino participativo é mais democrático e inclusivo, considera as diferenças”, comentaram. Para os especialistas, a universidade deve repensar seu papel, pois a informação encontra-se em toda parte. O dever do ensino jurídico atual é auxiliar os alunos a buscar as respostas e a participar ativamente das aulas e atividades.
Outro assunto abordado no seminário foi o avanço da tecnologia e o crescimento das lawtechs e fintechs. Hoje, há um grande percentual de automação, especialmente no campo do Direito. Contudo, para os palestrantes, isso não significa o fim da profissão, mas as funções como conhecemos hoje serão modificadas. “Funções repetitivas, de copiar e colar textos, por exemplo, não vão mais fazer sentido”, comentou Marina.
INTERAÇÃO DOS PARTICIPANTES
Durante o Webinar, após a apresentação dos palestrantes, houve o momento de interação via chat e redes sociais. Docentes de todo o Brasil participaram enviando perguntas a respeito do ensino jurídico e as metodologias ativas de aprendizagem, pedindo exemplos, sugestões de livros, dicas de como aplicar novos métodos em sala de aula, cursos EAD, inovação na prática jurídica e muito mais. Marina e Guilherme responderam às questões dos participantes com base na própria experiência em sala de aula, comentando os desafios diários da docência.
Cenas da gravação do seminário online
Originalmente publicado em:
https://blog.grupogen.com.br/juridico/postagens/atualidades/webinar-ensino-participativo/